Polícia

“Ele é quem recebia ameaças” diz família de agricultor assassinado

Ainda abalados com a recente morte do agricultor Leojanes Galvão Mariano, de 33 anos, ocorrida no último sábado (21), familiares da vítima procuraram a Folha para apresentar uma versão dos fatos que vai contra o depoimento de A.I.S.R., de 24 anos, preso logo após o crime, na região da Vila Serra Grande II, no município do Cantá. De acordo com eles, o acusado é quem seria o verdadeiro autor das ameaças.

No interrogatório conduzido pelo delegado plantonista Alberto Alencar, A.I.S.R. disse que estava assistindo uma partida de futebol quando a briga com Leojanes começou. Ele ainda detalhou que os dois teriam uma rixa antiga e que a vítima o teria esfaqueado em uma das coxas durante uma briga há seis anos, o que foi desmentido pelos familiares.

Sobre a rixa antiga, a família explica que na verdade a vítima separou uma briga e a suposta facada na coxa, foi desferida por outra pessoa e não por Leojanes. “Ele [A.I.S.R.] estava brigando com outro e o Léo foi separar a briga. A.I.S.R não gostou e falou que meu irmão iria ‘pagá-lo’, porque não o deixou matar o outro cara. E desde então, ele era ameaçado. Mas o Léo sempre levava na esportiva e não acreditava que ele iria fazer isso”, disse.

Ainda conforme a família, no dia do crime, Leojanes não provocou a discussão, mas sim tentou conter os ânimos do suspeito. “Não houve nenhuma briga. Em momento algum Léo foi lá indagá-lo para procurar confusão, muito pelo contrário. Ele estava bêbado sim, mas não era de caçar confusão. Gostava de ficar abraçando todo mundo, pra ele, todo mundo era amigo. Ele não tinha inimizade com ninguém”.

A outra versão dos fatos aponta que A.I.S.R foi atrás de Leojanes quando o mesmo estava empurrando a moto a caminho de casa. O suspeito iniciou a discussão com empurrões, enquanto a vítima tentava apaziguar. Logo em seguida desferiu um único golpe e fugiu. A faca utilizada foi apreendida próximo ao local do ataque.